Convicções x Hábitos x Resultados na Vida

As convicções são como os arquitetos de nossos hábitos, comportamentos e, em última análise, dos resultados que alcançamos em nossas vidas. Se pensarmos nas convicções como os algoritmos de nosso sistema operacional, começamos a perceber como elas influenciam cada ação, escolha e reação que tomamos.

Hábitos são a materialização de nossas convicções internalizadas. Quando acreditamos profundamente em algo, nossa mente subconsciente trabalha sem descanso para transformar essa crença em ações automáticas. Da mesma forma, nossos comportamentos são guiados por essas convicções arraigadas. Ao modificar conscientemente nossas convicções, podemos provocar mudanças profundas em nossos hábitos e comportamentos.

Os resultados em nossas vidas, sejam eles financeiros, relacionais ou sucesso pessoal, são na análise fria, uma manifestação externa de nossas convicções internas. Entender as conexões entre esses elementos nos dará a possibilidade de orquestrar mudanças positivas. A transformação começa nas convicções, se estendendo para hábitos e comportamentos, chegando em resultados refletindo uma mentalidade redefinida.

Vamos lembrar aqui da façanha de Roger Bannister ao quebrar o recorde em 1956 de correr 1 milha abaixo dos 4 minutos. Esse caso é um testemunho incontestável de como a mente, quando compreendida e direcionada conscientemente, pode desbloquear potenciais aparentemente impossíveis.

Roger não apenas treinava fisicamente, ele cultivou o hábito de visualizar mentalmente a corrida. Ele não apenas corria mentalmente, mas criava um roteiro de sucesso na sua cabeça, vendo-se quebrando o recorde repetidamente. Esse processo de visualização não foi apenas um exercício superficial, hoje sabemos que funciona como uma construção consciente de referências positivas nas nossas mentes.

A mente, quando exposta repetidamente a imagens vívidas e positivas, não distingue entre a realidade e a imaginação. A visualização intensiva cria referências muito fortes na mente e consequentemente começa a influenciar as convicções internas. Em Bannister criou uma convicção profunda que ele era capaz de realizar o feito até então considerado impossível.

Ele não somente desafiou os limites físicos, mas ao terminar a prova, ele quebrou não somente o recorde, mas também a barreira mental que haviam estabelecido na época, mudou o paradigma. A mente quando bem treinada e direcionada é uma poderosa aliada para criar referências e convicções.

Aprofundar esse conhecimento e colocar em ação a técnica de visualização, não estaremos apenas usando uma técnica superficial, mas uma forma ativa de construção do caminho para a realização pessoal, do sucesso seja o que isso signifique para cada um.

Assim como Bannister redesenhou os tijolos de sua convicção, podemos aplicar o mesmo princípio em nossas vidas ao visualizar nossos objetivos; ao alimentarmos nossas mentes com referências positivas vamos transformar convicções profundas de nossas capacidades de alcançar o que antes poderia ser considerado impossível.

Ao pegarmos os ensinamentos de Covey, vamos lembrar do hábito 1 e a importância da proatividade. Ser proativo significa assumir o controle da própria vida, independente das condições, planejar antecipadamente e aprender com os erros, ou seja, ser proativo é um componente essencial para tornar intensões em ações e por fim em resultados.

Ao invés de prisioneiras das situações, as pessoas proativas tomam decisões conscientes para moldar o destino.

O exemplo do pai com 2 filhos

O livro “Desperte o gigante interior” o autor, Anthony Robins, traz uma história interessante de um pai com 2 filhos cujo pai passou por desafios significativos, incluindo prisão por assassinato. Aos filhos foi feito uma mesma pergunta crucial, “por que sua vida seguiu esse caminho”, e a resposta foi fascinante pois ambos responderam a mesma coisa, “com um pai assim, o que você esperava que eu me tronasse”; um seguiu o caminho do pai e acabou preso, o outro virou gerente regional e pai de 3 filhos.

Decisões conscientes e resultados positivos:

Ao avaliar as ideias de Charles sobre o poder dos hábitos e Sinon Sinek a respeito da importância de encontrar o porquê, percebemos que decisões conscientes desempenham um papel importante na criação de hábitos positivos e na busca de propósitos mais profundos. Esses dois autores concordariam que ao compreendermos nossas motivações internas e ao adotarmos hábitos saudáveis, estamos tomando decisões que impactarão de forma positiva nossos resultados.

Conclusão:

Uma última análise da afirmação “são as decisões que tomamos que são responsáveis por nossos resultados, e não nossas condições”, ressoa como um poderoso lembrete de nossa capacidade inata de moldarmos nossas vidas. Independente do ponto de partida, das condições iniciais, podemos escolher sermos proativo, aprender com os erros e tomar decisões que nos levem na direção desejada. Em um mundo desafiador, o poder de decisão emerge como uma motriz que nos capacita a despertar nosso gigante interior e forjar nosso próprio destino.

No entanto devemos lembrar da singularidade individual como fator capaz de influenciar os resultados. Mesmo diante de condições iniciais iguais e decisões semelhantes, as nuances individuais, experiencias passadas e motivações internas contribuem para a diversidade de trajetórias e resultados na vida de cada indivíduo. Entender isso ressalta a importância de celebrar a individualidade de cada pessoa ao abordar questões relacionadas ao sucesso e ao destino pessoal.

Portanto não se comparar constantemente com outras pessoas, especialmente comparando resultados profissionais evita frustrações e insatisfações desnecessárias. Cada pessoa é única, com suas próprias habilidades, experiências e caminhos de vida.

Ao se inspirar em grandes exemplos e aprender com aqueles que alcançaram o sucesso, estamos adotando uma abordagem construtiva. Não devemos tentar replicar exatamente o que os outros fizeram, devemos aprender as lições valiosas e aplicá-las de maneira adaptada às nossas jornadas.

Reconheça e celebre suas próprias conquistas, levando em consideração seus objetivos pessoais e profissionais. Construir sua própria realização significa compreender suas paixões, valores e metas, e então traçar um caminho que seja autenticamente seu.

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