Síndrome de Eagle

Síndrome de Eagle

O processo estiloide corresponde a um prolongamento ósseo fino e cilíndrico, que se localiza na porção inferior do osso temporal.

Seu comprimento, normalmente, varia de 15,2mm a 30mm.

Fonte: https://core.ac.uk/download/pdf/37721776.pdf

A Síndrome de Eagle corresponde a uma anomalia na qual o processo estiloide se mostra excessivamente alongado e pontiagudo, podendo atingir cerca de 47,7mm.

Acomete homens e mulheres igualmente, sendo mais comumente detectada por volta dos 50 anos.

A etiologia do alongamento do processo estiloide é incerta, mas destacam-se as seguintes hipóteses:  

  • Origem congênita
  • Calcificação parcial ou total do ligamento estilo-hioideo;
  • Hiperplasia reativa, ou seja, ossificação decorrente de fatores estimuladores como, por exemplo, traumas;

Apenas 4 a 10% dos pacientes são sintomáticos, incluindo sintomas como dor faringiana recorrente, odontalgia, cefaleia, dor cervical, dor na língua e, em casos mais graves, pode incluir perturbação visual, tontura e síncope.

O diagnóstico da Síndrome de Eagle depende da associação entre exame clínico e radiográfico.

Com base nisso, durante o exame clínico, é necessário que o cirurgião dentista realize a palpação da fossa tonsilar com o dedo indicador, enquanto o paciente permanece com a boca semiaberta. Geralmente, o paciente com Síndrome de Eagle costuma relatar dor durante a palpação.

Palpação para diagnóstico da Síndrome de Eagle

Fonte: https://www.researchgate.net

As radiografias oferecem importante suporte ao se tratar de casos assintomáticos, pois, por meio destas, é possível medir o comprimento do processo estiloide. Para tanto, podem ser utilizadas radiografias panorâmicas e tomografias computadorizadas.

Radiografia panorâmica

Fonte: https://core.ac.uk/download/pdf/37721776.pdf

Radiografia panorâmica

Fonte: https://www.redalyc.org/journal/3825/382560252006/html/

Radiografia panorâmica

Fonte: https://www.redalyc.org/journal/3825/382560252006/html/

O diagnóstico diferencial envolve nevralgia do trigêmeo e do glossofaríngeo, bem como disfunção da ATM (Articulação Temporomandibular), tumores da base da língua e hipófise, amigdalite, faringite crônica e alterações degenerativas da coluna cervical.

A Síndrome de Eagle pode ser tratada apenas farmacologicamente, apenas cirurgicamente ou por meio da associação de ambas as condutas.

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2 respostas

    Fabiana

    novembro 10, 2023

    Essa síndrome pode causar dormência , palpitações

    Responder

    Marcilene

    janeiro 15, 2024

    Pode provocar tosse?

    Responder

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