Reabsorção radicular
De acordo com a Associação Americana de Endodontia, a reabsorção radicular é definida como uma condição decorrente de processo fisiológico ou patológico e que resulta na perda de dentina, cemento ou osso.
Dito isso, a reabsorção radicular pode ser classificada em interna ou externa a depender do local de acometimento.
Reabsorção radicular interna
Consiste em um processo de reabsorção que se inicia na face interna da cavidade pulpar com perda de dentina.
Sua causa pode estar associada a traumas, pulpites, cárie e restaurações muito profundas.
Como, na maioria das vezes, é assintomática, costuma ser detectada em exames radiográficos de rotina.
Radiograficamente, nota-se uma expansão dos limites pulpares, haja vista que o contorno radiolúcido (escuro) adquire um aspecto arredondado em determinadas regiões.
Reabsorção radicular externa
Consiste em um processo de reabsorção que se inicia na superfície radicular com perda de tecido mineralizado.
Sua causa é muito variada, podendo estar relacionada à movimentação ortodôntica, cirurgia ortognática, tratamento periodontal, clareamento de dentes sem vitalidade pulpar, infecções debilitantes e, até mesmo, ter origem idiopática.
Na maioria das vezes é assintomática, mas, em alguns casos, pode-se encontrar ligeira mobilidade e sensibilidade à percussão.
Radiograficamente, nota-se que o contorno radiolúcido (escuro) da raiz adquiriu um aspecto irregular. Além disso, é possível perceber uma diminuição na altura da raiz em questão quando comparada às demais.
Tomografia computadorizada de feixe cônico
Em muitos casos, as radiografias periapicais não permitem um diagnóstico seguro das reabsorções dentárias, pois, por ser um exame bidimensional de estruturas tridimensionais, observa-se muita sobreposição nas imagens.
Levando isso em consideração, as tomografias computadorizadas de feixe cônico, mostram-se como uma boa alternativa, haja vista que exigem uma baixa dose de radiação e que têm melhor precisão e resolução. Além disso, há uma eliminação das sobreposições, o que se deve ao fato de as tomografias computadorizadas fornecerem imagens tridimensionais de estruturas também tridimensionais.
Reabsorção radicular interna – Tomografia Computadorizada
Reabsorção radicular externa – Tomografia Computadorizada