História dos raios X
Os raios X foram descobertos em 1895 pelo físico alemão Wilhelm Conrad Rötgen, enquanto este tentava detectar radiação de alta frequência, reproduzindo o experimento de outro pesquisador.
Com seu experimento, Wilhelm constatou que a radiação:
- Era invisível ao olho humano
- Não sofria reflexão, refração e polarização
- Era capaz de atravessar paredes espessas de papel ou madeira
Tudo isso possibilitou que o pesquisador descartasse a hipótese de ser apenas luz. Contudo, como a comunidade científica ainda desconhecia a verdadeira natureza da radiação, esta foi denominada “raios X”.
Após a descoberta, Wilhelm começou a utilizar placas radiográficas na revelação de algumas imagens, sendo a primeira delas a mão esquerda de sua esposa, Anna Bertha Ludwig. Para tanto, foi necessário que a mão de Anna ficasse exposta à radiação durante 15 minutos.
Esquema da descoberta de Rötgen
Ossos da mão esquerda de Anna Bertha Ludwig
À medida que os raios X ficaram famosos, foram feitas muitas descobertas valiosas a seu respeito.
Uma delas foi acerca da capacidade de penetração dos raios X nos tecidos diante de exposições prolongadas, podendo culminar no desenvolvimento de células cancerígenas. É por conta disso que, atualmente, as pessoas que trabalham com radiografia utilizam aventais de chumbo e buscam se esconder atrás de uma placa de chumbo no momento do disparo.
Na odontologia, a primeira radiografia dentária foi realizada por Edmund Kells, dentista americano que buscava saber o comprimento dos condutos radiculares.
Contudo, como Kells não utilizava proteção, os efeitos deletérios da radiação o atingiram, fazendo com que ele perdesse sua mão esquerda e, posteriormente, todo o braço esquerdo. Já Wilhelm Conrad Röntgen, foi acometido por um tumor maligno do duodeno que o levou a óbito.
Mesmo hoje, a produção de raios X segue o que foi determinado no experimento de Röntgen:
- Dentro de um tubo a vácuo, contendo ânodo e cátodo, os elétrons são acelerados em direção ao ânodo a partir de uma grande diferença de potencial. Após a interação destes, são gerados os raios X
Além da aplicação prática na medicina e na odontologia, os raios X podem ser utilizados:
- No ramo alimentício como, por exemplo, no controle de qualidade, na identificação de rachaduras ou fissuras e na conservação dos alimentos;
- Em pesquisas científicas de diferentes áreas como, por exemplo, a Física, Química, Engenharia, Farmácia e Odontologia.