Endocardite Bacteriana
Coração humano:
- Possui dois átrios e dois ventrículos;
- Possui uma membrana mais externa chamada pericárdio, a qual reveste e protege o coração. Esta é dividida ainda em pericárdio seroso e pericárdio fibroso;
- Possui uma camada mais externa chamada de epicárdio, uma camada média chamada de miocárdio e uma camada interna chamada de endocárdio;
O termo endocardite se refere a uma inflamação das válvulas cardíacas ou dos tecidos endoteliais, podendo ser causada por fungos, vírus ou bactérias.
A endocardite bacteriana, causada por bacteremia, apresenta predileção pelo sexo masculino na faixa etária entre os 45 e 70 anos.
A manipulação dentária, durante o tratamento de cárie, gengivite e periodontite, é uma das principais causas de deslocamento das bactérias para a corrente sanguínea, mas a própria forma de higienização bucal do paciente pode desencadear esse deslocamento.
Embora seja pouco frequente, a endocardite bacteriana apresenta uma elevada taxa de mortalidade (entre 10 e 40%). Por conta disso, a American Heart Association (AHA) normatizou em 1997 um protocolo de recomendações para prevenção de tal doença, o qual é baseado na antibioticoterapia previamente antes de determinadas intervenções clínicas ou cirúrgicas.
Hoje em dia, a profilaxia só é feita em grupos de alto risco, uma vez que a população em geral não tem chances de desenvolver sequelas graves.
São classificados como alto risco para endocardite:
- Pacientes com válvula cardíaca protética ou válvula reparada com material protético;
- Pacientes com histórico de endocardite prévia;
- Pacientes com transplante de coração com funcionamento anormal das válvulas;
- Pacientes com transplante de coração feito a apenas 6 meses;
- Pacientes com defeitos cardíacos congênitos que facilitem a adesão bacteriana.
É importante pontuar que pacientes com prolapso de válvula, marcapasso, transplante de coração sem defeitos residuais etc. não precisam de profilaxia.
Antibióticos utilizados na profilaxia:
- Amoxicilina;
- Ampicilina;
- Clindamicina;
- Cefalexina;
- Azitromicina
Considerações sobre o antibiótico de escolha:
- Deve ser bactericida;
- Deve ser administrado em um intervalo que assegure uma concentração sanguínea máxima durante o atendimento;
- O paciente não deve apresentar uma história pregressa de uso nas últimas semanas.
Considerações sobre o antibiótico de escolha:
- Deve ser bactericida;
- Deve ser administrado em um intervalo que assegure uma concentração sanguínea máxima durante o atendimento;
- O paciente não deve apresentar uma história pregressa de uso nas últimas semanas.
Sinais e sintomas comumente associados à endocardite:
- Fadiga;
- Febre;
- Perda de peso;
- Sudorese;
- Dores nas articulações;
- Inchaço das pernas e abdômen etc.
O diagnóstico da doença é feito com base no exame físico do paciente, na avaliação dos sinais e sintomas apresentados por este e com base em exames de sangue e em exames de coração como, por exemplo, o ecocardiograma.
O tratamento da endocardite bacteriana deve ser feito em ambiente hospitalar e envolve a administração de doses elevadas de antibiótico por via endovenosa.