Calcificações em tecidos moles e radiografias panorâmicas​

Calcificações em tecidos moles e radiografias panorâmicas

A radiografia panorâmica é um exame extraoral que permite a visualização do complexo maxilomandibular, bem como dos dentes, das ATMs, da cavidade nasal e dos seios maxilares.

Fonte: https://neselloodontologia.com.br/tratamento/radiografia-panoramica/
  • Indicações:
  • Exame inicial em caso de primeiro contato com o paciente
  • Avaliação do desenvolvimento dos dentes
  • Avaliação de lesões mandibulares
  • Localização de terceiros molares
  • Localização, em exames de rotina, das calcificações em tecidos moles

A deposição de minerais no esqueleto humano é algo fisiológico e ocorre naturalmente. Contudo, quando essa deposição acontece em locais incomuns, como nos tecidos moles, ela deixa de ser fisiológica. Este é o caso das calcificações que serão detalhadas abaixo.

1. Nódulos linfáticos

  • A calcificação costuma acontecer em nódulos que estão cronicamente inflamados. Assim, ocorre a substituição do tecido linfoide por cálcio
  • Os nódulos linfáticos mais acometidos são os submandibulares e cervicais
  • As principais causas desse tipo de calcificação são a tuberculose, actinomicose, metástases neoplásicas, sarcoidose e linfoma previamente tratado com radioterapia
  • Clinicamente, os nódulos são assintomáticos e duros à palpação
  • Radiograficamente, a calcificação apresenta aspecto irregular ou lobulado, grau variado de radiopacidade interna e, quando acometem a região submandibular, são vistos no ângulo da mandíbula
Fonte: https://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/49846/000835132.pdf

2. Tonsilolitos

  • Diante de inflamação recorrente, há um aumento das criptas tonsilares e, consequentemente, uma maior retenção de pus. Esses espaços são propícios para o acúmulo de bactérias, as quais se alimentam do pus e produzem depósitos amarelo-esbranquiçados conhecidos como tonsilolitos
  • Geralmente, os tonsilolitos são assintomáticos, mas podem estar associados a inchaço, mal cheiro e disfagia (dificuldade de deglutir)
  • Podem estar relacionados a sífilis, micoses e linfoma
  • Radiograficamente, são vistas múltiplas radiopacidades pequenas e de formato irregular no ramo da mandíbula
Fonte: https://vidadedentista.com.br/2016/11/tonsilolitos/.html

3. Ateroma de carótida

  • A aterosclerose é uma condição clínica marcada pela deposição de gordura na parede das artérias de médio e grande calibre. Isso desencadeia um processo inflamatório que aumenta a espessura da parede arterial, diminuindo a elasticidade desta e a velocidade do fluxo sanguíneo. Além disso, pode ocorrer a deposição de cálcio em vários locais da placa de gordura, originando os chamados ateromas
  • As artérias mais acometidas são as coronárias, carótidas, renais e femorais. Assim, considerando o sítio de realização das panorâmicas, tais radiografias podem permitir a identificação de ateromas de carótida em exames de rotina
  • Radiograficamente, os ateromas de carótida podem ser vistos como radiopacidades únicas ou múltiplas, localizadas na altura das vértebras C3 e C4
Fonte: https://silo.tips/download/a-importancia-da-radiografia-panoramica-na-identificaao-de-placas-ateromatosas-

4. Sialolitos:

  • Correspondem a mineralizações no interior das glândulas salivares, sendo a glândula submandibular a mais acometida
  • Não têm uma causa específica, mas podem estar associados às características físico-químicas da saliva e às barreiras naturais que propiciam o acúmulo de minerais como, por exemplo, a própria anatomia de determinadas porções dos ductos salivares
  • Clinicamente, pode-se encontrar inchaço na região afetada e o paciente pode relatar sintomatologia dolorosa
  • Radiograficamente, encontra-se uma estrutura única e com radiopacidade homogênea
Fonte: https://vidadedentista.com.br/2016/09/sialolitos-o-que-sao-e-onde-se-localizam/.html/laudo

5. Flebólitos

  • São formados a partir da calcificação de trombos presentes no interior das veias. Assim, sua formação está muito associada ao hemangioma (tumor benigno formado a partir da aglomeração de vasos sanguíneos)
  • Aparecem mais comumente em regiões pélvicas, sendo raramente encontrados na região de cabeça e pescoço
  • Clinicamente, são duros à palpação e, eventualmente, podem se mostrar sensíveis
  • Radiograficamente, são vistas estruturas múltiplas, pequenas, arredondadas ou ovais, com radiopacidade homogênea e aspecto laminado
Fonte: http://kcbelmont.blogspot.com/2019/12/

Referência geral: https://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/49846/000835132.pdf

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